Domingo, 21 de Outubro de 2007
Dá mais valor à tecnologia que a qualquer outra coisa no mundo?... Eu sei a resposta... E de quem é a culpa?... De todos. Nós queremos moldar o mundo, mas cada vez mais é o mundo que nos molda... Nós somos o criador, mas a pouco e pouco somos "controlados" pela criação. No fundo, é mais fácil manter uma relação com uma máquina do que com um humano ainda que, nem tudo na vida tenha de ser fácil para ser perfeito.
Agora é a sua vez: quantos livros lê num ano? Quantas folhas de caderno escreve com os seus pensamentos? Quantas vezes larga o seu computador para sair com os amigos? Consegue evitar o seu telemóvel ou a televisão quando está com uma pessoa importante para si? Infelizmente, eu nem sempre consigo, mas quem assim escolhe sou eu... somos todos.
Sempre aprendemos que tudo na vida faz bem, quando se faz em equilíbrio. Acha que o Homem consegue colocar a tecnologia em equilibrio com todo o resto?
Terça-feira, 31 de Julho de 2007
Ao que parece, a SIC não atravessa os melhores dias da sua existência. Depois de anos com liderança garantida, enquanto Rangel dirigia a estação de Carnaxide, eis que o título se perde (em Setembro de 2000), com a chegada de Big Brother à TVI, programa que, segundo se sabe, foi “aproveitado” pelo canal de Queluz depois de ser rejeitado pela direcção de programas da rival privada. Rangel saiu e desde aí a “nossa” SIC nunca mais foi a mesma.
Com as audiências em alta, a TVI encontrou forma de dar continuidade ao sucesso que se estende aos dias de hoje, virando-se para a produção nacional de qualidade. A NBP “deu uma ajuda” e continua a garantir a liderança do canal com “Ilha dos Amores”, por exemplo. Como resposta, a SIC encontrou em Teresa Guilherme a solução para todos problemas.
“Floribella” correu bem durante a sua primeira edição, e enquanto se manteve em horário nobre. Seguidamente “Vingança” que pelos vistos não vingou muito. A história não é tão má quanto isso, os actores fazem um grande trabalho, mas a qualidade técnica deixa muito a desejar.
A nova aposta da “TG SA” tem o nome de “Chiquititas”… Depois de uma divulgação de irritar o telespectador estreou a tão badalada história adaptada da versão argentina, criada por Cris Morena (a mesma autora de “Floribella”). Esta é então mais uma produção dirigida às crianças e aos jovens mas pelos vistos tanta fantasia não convence nem miúdos nem graúdos.
No mundo da fantasia estão sim Francisco Penim e Teresa Guilherme que acreditam no sucesso da esgotante “saga” de uma ama dentro de um orfanato. O director de programas da SIC não sabe o que fazer,” limitando” a estação de Carnaxide a novelas (portuguesas e brasileiras) e a séries, as benditas produções americanas das quais não convém abusar, mesmo que primem pela boa qualidade.
No meio desta história, muitas oportunidades de dar uma nova vida à “Sociedade Independente de Comunicação” passaram entre os dedos de Penim. Deixou sair Sílvia Alberto, Marco Horácio, Bruno Nogueira e se o cenário continuar assim, ainda pode sair mais gente. Perdeu ainda os “Gato Fedorento” que são o grande sucesso da RTP. Toda esta gente dava à SIC a oportunidade de fazer televisão alternativa, mas quando queremos ser iguais ao vizinho do lado, as coisas não correm bem.
Com tudo isto é questão para perguntar: se Emídio Rangel saiu por perder o Big Brother, por que razão Penim ainda não saiu depois de perder audiências e todas estas “estrelinhas”? Não se sabe, mas que o futuro do ainda director de programas da estação de Balsemão não é risonho, ninguém duvida…
Na Impresa Fransisco Pinto Balsemão só deseja que “Lili” tenha razão e espera que a situação da SIC se resolva nos tempos mais próximos.
Quarta-feira, 18 de Julho de 2007
Fui habituado a tratar das minhas contas quando tinha apenas 5 anos. Não sou o tipo de pessoa que vive a receber prendinhas dos pais sempre que quero satisfazer algum dos meus caprichos, e por isso estou constantemente atento a notícias relacionadas com economia e ontem deparei-me com esta:
Um estudo de dois economistas veio mostrar que a reforma da segurança social não é suficiente para garantir a sua sustentabilidade e, dão como possível solução o aumento do IVA em pelo menos 4 por cento tal como acontece em alguns países nórdicos.
A opinião destes dois senhores já foi certamente estudada pelo Governo e por mais que me digam que os impostos não vão subir sei que no horizonte não se esconde um futuro tão bom quanto poderíamos esperar. Ao que parece, a actual reforma “é claramente insuficiente porque é menos violenta”.
Depois de “analisada” a notícia, comentei com um familiar, experiente em assuntos como este, o que está de errado aqui. Lembro-me de assistir a pelo menos dois aumentos na taxa de IVA e nenhum deles teve um efeito positivo, o dinheiro acaba sempre por faltar, o que me leva a pensar: serão os portugueses a pagar pouco ao Estado, ou será que o Estado tem graves problemas de gestão? A segunda hipótese pareceu-nos a mais lógica…
Um novo aumento do IVA iria piorar a situação do país: mais empresas na falência, menos multinacionais interessadas em investir em Portugal, menos competitividade, mais desemprego, mais subsídios para os desempregados e, inevitavelmente, menos dinheiro na segurança social. Estas seriam algumas das consequências de tal medida…
Tal como acontece em qualquer empresa, ganha aquela que oferece os mesmos serviços por um orçamento mais acessível. Se olharmos Portugal como se de uma empresa se tratasse, então teríamos graves problemas em conseguir clientes, enquanto os vizinhos europeus ganhariam tudo.
O que me confunde é a forma como as coisas são expostas por ministros e economistas: “o povo português tem de poupar”, e o Estado não poupa? Quem sabe, se não existissem reformas chorudas para os senhores que passaram por elevados cargos públicos, talvez chegasse para todos…
Basear as nossas medidas em exemplos de qualquer outro país também me parece um erro. A nossa realidade é diferente da realidade dinamarquesa ou sueca e não podemos estar constantemente a copiar daqui e dali. O Governo e alguns economistas portugueses sofrem de uma falta de originalidade tremenda e não tentam encontrar alternativas àquilo que já foi feito. Se arriscar uma subida de 21 para 25 por cento na taxa de IVA é possível, que tal arriscar em algo diferente que não contrarie o povo deste país. Ao que parece, estes senhores não foram habituados a poupar em pequenos e agora não sabem o que fazer para resolver problemas como este.
Terça-feira, 17 de Julho de 2007
Todos os anos, após a saída das classificações dos exames nacionais, o dilema é o mesmo: qual a explicação para os maus resultados a Matemática? Ninguém encontra respostas concretas a esta questão, mas a meu ver, como estudante de secundário, talvez a motivação seja um dos principais problemas para que o insucesso escolar aumente de ano para ano.
Os erros não estão só na Matemática, mas é aqui que os resultados negativos são mais significativos tendo em conta o medo que os alunos têm dos números. Alguns dos meus colegas talvez não gostem do que aqui vou escrever, mas acho que razão não me falta ao afirmar que o insucesso nas escolas é culpa dos alunos, dos professores e do Governo.
Apesar de ter 16 anos e de andar na onda da música moderna, por vezes também oiço música clássica. Sempre conhecida por despertar sentimentos a quem a ouve, a música clássica não teria esse efeito caso a orquestra não estivesse em plena sintonia. É desta sintonia que resulta uma melodia perfeita e digna de ser escutada por quem quer que seja.
O que acontece na educação é precisamente o oposto. Os elementos da “orquestra” não estão em sintonia e cada um toca a melodia que mais lhe convém gerando confusões e falta de vontade por parte de todos.
No último período do meu 10º ano, foi-me dado a ler “Diário”, a tão famosa obra de Sebastião da Gama. Embora não tenha feito uma leitura tão interessada quanto esperava, consegui ficar com a mensagem essencial do livro.
O autor adorava ser professor, nada lhe dava mais gosto que ensinar e aprender. O grande objectivo de Sebastião da Gama era fazer com que os seus alunos também gostassem de aprender e de ensinar coisas que o professor não sabia. A fórmula do sucesso deste homem estaria em “levar os alunos a pensar que lá fora não é melhor” que dentro da sala de aula.
Nos tempos de hoje já não há muitos professores como Sebastião da Gama e é triste estar entre quatro paredes, olhar em volta e ver que nem o professor, nem os alunos estão minimamente felizes por estarem ali à procura do conhecimento.
Infelizmente, e mesmo tendo bons resultados, não sou excepção a esta maré de desmotivação que afecta todas as salas do país e por isso gostava que alguma coisa fosse feita: alunos, professores e Governo têm de motivar e ser motivados. É obrigatório que todos estes elementos “toquem as mesmas notas”!
Segunda-feira, 16 de Julho de 2007
Não sei bem porquê, mas nunca gostei de José Saramago: nem da pessoa (apesar de não o conhecer propriamente bem), nem da sua obra (apesar de nunca ter lido qualquer livro da sua autoria). Na realidade, são aquelas conclusões que se tiram pelo que se ouve falar e pela cara de tão aclamado escritor. Ainda assim, hoje tenho mais um motivo para estar “contra” este senhor e discordar de uma opinião que Saramago deixou numa entrevista publicada no Diário de Notícias e noticiada na versão online do jornal Sol. Segundo este senhor, que vive há 14 anos em Espanha, numa ilha de nome Lanzarote, Portugal não deveria ser um país mas sim mais uma província espanhola, mantendo o seu parlamento tal como acontece em Andaluzia ou na Catalunha, por exemplo. Posta esta situação, o nome do único país ibérico seria Ibéria caso “Espanha ofendesse os nossos brios”.
José Saramago acredita que «não é uma cedência nem acabar com um país, continuaria de outra maneira. (...) Não se deixaria de falar, de pensar e sentir em português». Mas, se o prémio Nobel português acredita, eu não acredito…
De facto não é a primeira vez que me deparo com uma opinião parecida com esta, principalmente quando se vive numa zona fronteiriça como Marvão, mas é preocupante saber que os portugueses acreditam num “país de maravilhas” chamado Espanha.
O país vizinho não é um mar de rosas, se fosse não haveriam tentativas de conseguir a independência de uma das suas províncias por parte de uma tal de ETA… “Ah… isso são uns maluquinhos, uns terroristas que só querem estragar o que está feito e acabar com a vida das pessoas.” Claro que são, mas se é assim é porque algo não está bem é porque nem tudo é tão bom quanto parece. “Ah… mas se o Saramago diz, é porque está para lá a viver bem”. Óbvio que vive bem… tem boas razões para isso ($).
Espanha tem tantos ou até mais problemas que Portugal, não me imagino a pensar este post em português e em castelhano porque apesar de não deixarmos de falar em português, certamente tivéssemos de também falar espanhol e mesmo já sabendo fazer isso, não contem comigo para ver Portugal como uma província, depois de tantos anos de luta para conseguir a independência deste território. Este sim é um caso para que a História venha ao cimo…
Sinceramente, não tenho problemas com os espanhóis, já convivi com muitos e todos eles eram pessoas excelentes, mas gosto mais assim, para quê inventar quando as coisas podem ficar com estão?!
Portugal, «com dez milhões de habitantes», teria «tudo a ganhar em desenvolvimento» se houvesse uma «integração territorial, administrativa e estrutural» com Espanha. Teria? Não sei se sim, mas de uma coisa tenho a certeza: prefiro este país com os seus actuais problemas do que esta província com os problemas dos outros.
Talvez um dia José Saramago e muitos outros vejam o seu desejo cumprido, só espero que seja daqui a umas boas centenas de anos, para ter a certeza que não me chamam de parvo se por acaso este comentário deixar de fazer sentido.
Para abrir este blog, decidi começar com uma pequena explicação do que pode acontecer aqui. Finalmente, pensei em fazer algo onde pudesse mostrar as minhas opiniões, onde pudesse expressar o que bem quiser, evitando esconder e muitas vezes esquecer as mesmas palavras que antes guardava só para mim.
Por aqui podem passar comentários a notícias do dia, histórias pessoais e… pronto… para agradar a algumas pessoas coisas mais sentimentais. Sim, o Bruno também tem sentimentos! De qualquer forma, o que eu mais quero é que se divirtam e gostem daquilo que aqui vou escrever e, claro, não levem tudo muito a sério. Talvez as minhas palavras não sejam assim tão inúteis, mas também não são para interpretar com muita seriedade.